segunda-feira, 18 de junho de 2007

Para encerrar os trabalhos, festa do campeão

Com o quarto campeonato do San Antonio Spurs, o blog da final fica por aqui. Vocês deram um show nas caixas de comentários e a discussão transcorreu em alto nível. Valeu. Como ninguém é de ferro, o Rebote tira alguns dias de descanso antes de voltar ao formato tradicional. Fiquem com as fotos da festa texana. Obrigado, um grande abraços a todos!







sábado, 16 de junho de 2007

A festa da chegada e a timidez de Tim Duncan


Para quem ainda não viu, aí estão as imagens da chegada dos Spurs a San Antonio, na sexta-feira. Na festa da recepção, os discursos são de Bowen, Parker e Finley. Melhor jogador do time, Tim Duncan não dá uma só palavra aos torcedores, o que reforça sua inegável falta de carisma e ajuda a explicar por que a final de 2007 teve a audiência mais baixa da história. Mas o que ganha jogo não é carisma, é talento. E isso Duncan tem de sobra, o que ajuda a explicar os quatro títulos da equipe.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Como prometido, hora das respostas



Das questões levantadas após o jogo de ontem, acho que já respondi sobre LeBron James, né. Definitivamente, ele não é um enganador.

Agora, vamos às outras.

Pergunta 1 - Estamos diante de uma dinastia?
NÃO. O San Antonio é, inegavelmente, o time da década. Mas o termo dinastia, na minha opinião, só vale quando uma equipe toma a liga de assalto e não abre espaço para os adversários. Dinastia é a do Boston Celtics, com 11 títulos em 13 anos, sendo oito seguidos. Ou a do Minneapolis Lakers, com cinco títulos em seis anos na década de 50. Ou até a do Chicago Bulls, com meia dúzia em oito anos, sendo dois blocos de três. O San Antonio não ganhou dois seguidos. É o time mais dominante dos últimos tempos, mas não uma dinastia.

Pergunta 2 - Duncan é o melhor ala-pivô da história?
SIM. É claro que talento não se conta pelo número de anéis. A conquista de um título vai muito além da capacidade individual. Mas a história de Tim Duncan na NBA, mesmo sem ter chegado ao fim, já supera as de Karl Malone e Charles Barkley. Talvez por uma diferença mínima, mas supera. Duncan é um ala-pivô mortal que vai muito além da função básica. Muita gente vai dizer que foi campeão quatro vezes porque jogou num time vencedor. Eu direi que o time é vencedor, em grande parte, por causa dele.

Pergunta 3 - Foi a final mais chata dos últimos tempos?
SIM. A torcida do San Antonio achou ótimo, claro, com toda razão. Mas para o público geral, não teve muita graça. Foi uma disputa de um time só. Um atropelamento. E a culpa é do Cleveland, não do San Antonio. A decisão de 2005, com o mesmo Spurs batendo o Detroit em sete jogos, foi espetacular, com aulas de basquete dos dois lados. Agora, não. Tirando alguma eficiência defensiva, a velocidade de Tony Parker e a garra de Manu na última partida, não houve nada digno de uma grande final.

Quem é melhor: LeBron ou Ginóbili?



O tema foi proposto na última caixa de comentários, então vamos a ele. Antes de mais nada, uma questão que me incomoda: na hora de comparar dois jogadores, por que é tão difícil elogiar um sem criticar o outro?

Neste caso específico, temos dois craques de bola, com características e funções totalmente distintas. Cada um na sua.

Em termos de qualidade, versatilidade e projeção para o fim da carreira, fico com LeBron. É claro que, ao fazer essa avaliação logo após a final, a tendência é malhar o ala dos Cavs. Ele não resistiu á fortíssima defesa do San Antonio, e terá de agüentar as críticas por isso. Mas não se esqueçam de tudo o que o fez antes disso, as várias atuações decisivas, e com apenas 22 anos. É, sem dúvidas, um fora-de-série.

Ginóbili já rodou o mundo, foi campeão na NBA, na Europa, na Olimpíada. Tem um poder incrível de aparecer bem em momentos cruciais. Só vale lembrar, como já foi dito na caixinha, que a marcação em cima dele é uma; e em cima de LeBron é outra, muito diferente.

Por isso acho difícil comparar. Cada um tem seu papel no elenco, cada um tem suas características. Se eu tivesse que escolher, ainda ficaria com LeBron. Mas eu não tenho que escolher, e nem vocês têm.

Dá para elogiar os dois à vontade.

Não troque de canal

Estamos diante de uma dinastia? Esta foi a final mais chata dos últimos tempos? LeBron é um enganador? Tim Duncan é o maior ala-pivô da história? Prometo revisitar todos esses temas ainda na sexta-feira, com muito mais bate-papo sobre a final. Abraços, e até daqui a pouco.

JOGO 4 - A NBA se tinge de preto e prata



O San Antonio Spurs já tinha vencido finais por 4-3, 4-2 e 4-1.

Faltava a famosa varrida. E ela veio justamente para sacramentar o time do Texas como o melhor da última década na NBA.

A exemplo do que aconteceu ao longo da série, nem foi preciso jogar tão bem para superar o Cleveland Cavaliers. A vitória por 83-82 na casa do adversário garantiu o quarto título da turma de preto-e-prata, graças às flechadas de Tony Parker, aos rebotes de Tim Duncan e ao poder de decisão de Manu Ginóbili. Como sempre, o trio de ferro.

Eleito MVP das finais com absoluta justiça, Parker voltou a passear à vontade no garrafão dos Cavs. Anotou 24 pontos e ainda pegou sete rebotes. Enrolado numa bandeira da França após a partida, o armador era um dos mais felizes com a conquista do campeonato. Com mais um anel no dedo, ele agora trata de arrumar espaço na mão para receber a aliança do casamento com a atriz americana Eva Longoria.

Duncan se deu ao luxo de ter uma noite irregular. Acertou apenas quatro de seus 15 arremessos, terminou com 12 pontos e cometeu seis erros, mas compensou com 15 rebotes e uma boa atuação no último quarto.

A reta final da partida, aliás, foi o território do guerreiro Ginóbili. O argentino foi o cestinha da noite com 27 pontos, sendo 13 no quarto período, e também festejou com a bandeira de seu país.

LeBron James despejou números decentes na quinta-feira, com 24 pontos, 10 assistências e seis rebotes, mas a estatística é enganosa. O craque acertou apenas 10 de 30 arremessos, cometeu meia dúzia de erros e não conseguiu ter controle do jogo em nenhum momento.

O número de passes decisivos de LeBron poderia ter sido maior se os companheiros de time tivessem a mira calibrada - o Cleveland teve aproveitamento de 38% nos arremessos. Após a sirene final, James deixou a quadra rapidamente e sequer falou com Duncan.

Na sala de entrevistas, a frase do pivô ao pé do ouvido do ala foi escutada pelos repórteres: "Em breve, esta liga será sua", profetizou Tim.

Em breve, pode até ser.

Por enquanto, esta é a liga do San Antonio Spurs.

O time da década

Parabéns ao San Antonio Spurs, campeão de 2007 e time mais consistente da NBA nos últimos tempos. Daqui a pouco e volto com a crônica do jogo 4 e os detalhes do desfecho da final.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

A lógica Spurs

Por Fábio Balassiano

Por essas coincidências do basquete, de 1991 para cá, a cada três anos o primeiro colocado do draft participa das finais da NBA. O problema é o seguinte: se não jogou nos Spurs, ficou com o vice...

Primeiro na seleção de 1991, Larry Johnson perdeu a final do campeonato reduzido contra o San Antonio em 99. O de 94, Glenn Robinson, levou o caneco na sombra de Duncan, o mais bem escolhido três anos mais tarde, em 2005. O sortudo de 2000 foi Kenyon Martin, pelos Nets, surrado na final de 2003 contra o mesmo time texano.

Será que LeBron James reverte esta louca-lógica? E será que o italiano Andrea Bargnani, de 2006, conseguirá aparecer em alguma final? Pelo visto, que ele torça contra o San Antonio...

Afinal de contas, quem é o MVP das finais?



Diante do cenário, é inevitável antecipar a discussão.

E, cá entre nós, só temos três candidatos:

Tony Parker, Tim Duncan e LeBron James (no caso de uma virada do Cleveland, o que só aconteceria com atuações heróicas do camisa 23).

Traduzindo: só temos dois candidatos, certo?

Pelos três primeiros jogos, o mais justo seria dar o prêmio ao francês. Se Duncan levar o troféu, tudo bem, mas vai se repetir a história de 2005, quando Ginóbili merecia ganhar e não ganhou. Parker foi, sem dúvida, a punhalada mais dolorosa para o Cleveland até agora.

Por outro lado, Duncan é o melhor jogador dos playoffs. Se a votação para MVP fosse feita agora, e não no fim da fase regular, o prêmio certamente iria para ele. Aos 31 anos, fez um campeonato brilhante.

Três pontos

(1) Na manhã de quinta-feira, nasceu Bryce Maximus, segundo filho de LeBron James. Papai não vai querer ser varrido na estréia do garoto, né.

(2) A audiência da final continua em queda livre. Do jogo 2 para o 3, houve uma redução de 30% no número de telespectadores.

(3) Ou seja, menos gente acompanhou ao vivo o segundo menor placar da história das finais. Só ganha de Fort Wayne 74-71 Syracuse, em 1955.

Último pedido


Leio no blog do NBA.com: dos últimos cinco times que abriram 3-0 na final, apenas um perdeu o jogo 4 - o Chicago Bulls, que aliás também perdeu o 5 para o Seattle em 1996. Os outros quatro (Sixers 1983, Pistons 1989, Rockets 1995 e Lakers 2002) varreram.

Será que o San Antonio engrossa a fila hoje? Na verdade, pouco importa.

Na prática, a série já está decidida, tanto faz se o Cleveland vencer pelo orgulho ou se for despachado diante da própria torcida. Eu só quero uma coisa:

Um jogo realmente bom nesta quinta.

Quero ver o que ainda não vi: os dois times jogando em alto nível ao mesmo tempo, acertando na defesa e no ataque e nos brindando com um espetáculo digno de uma decisão. Seria ótimo, mesmo na despedida, que este monólogo em preto-e-prata se transformasse num duelo de verdade.

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Qual destes dois tem o time nas mãos?



Nas entrevistas logo após o jogo 3, duas declarações ilustram bem como Gregg Popovich tem muito mais controle sobre os jogadores do San Antonio Spurs do que Mike Brown com a garotada de Cleveland.

Indagado sobre o péssimo aproveitamento nos chutes de três (3-19), Brown fez cara de conformado e disse que cansou de pedir, em vão, que a turma fizesse mais infiltrações e menos arremessos de fora.

Pouco antes, Tony Parker, em tom bem humorado, desculpava-se por ter feito três disparos de longa distância. O francês admitiu que, ao ver uma das bolas caindo, respirou aliviado e chegou a brincar tom Tim Duncan.
Se tivesse errado, confidenciou, levaria uma bronca do treinador.

Três pontos

(1) Nos últimos 17 anos, só duas finais terminaram em 4-0: Lakers-Nets em 2002, Rockets-Magic em 1995. Shaq, aliás, estava em ambas.

(2) A série entre Spurs e Cavs pode estar chata, mas, cá entre nós, tem sido assim há muito tempo. Desde o embate entre Bulls e Jazz em 1998, qual foi a grande final da NBA? A rigor, na minha opinião, apenas uma empolgou de verdade: a de 2005, entre San Antonio e Detroit, disputada em alto nível e decidida no último quarto do sétimo jogo.

(3) Desde que Jordan abandonou o Chicago, foram oito finais, e o Oeste venceu meia dúzia (a vantagem agora deve aumentar para 7-2). Tudo bem que, nos últimos três anos, foram dois títulos do Leste e uma vitória apertada do San Antonio, mas a diferença de qualidade entre as conferências é cada vez mais abissal. Com Oden e Durant indo para o Oeste, sabe-se lá quando esse jogo vai virar.

JOGO 3 - Choque de realidade em Cleveland


O Cleveland Cavaliers teve o apoio da torcida, um quase-triplo-duplo de LeBron James, colaboração efetiva dos coadjuvantes e, de quebra, uma atuação decepcionante do San Antonio Spurs. Nem assim conseguiu ganhar.

E o castigo foi implacável.

Com a derrota por 75-72 na terça-feira, o time de Ohio passa a precisar de um milagre sem precedentes para conquistar o título da NBA.

Melhor para a turma do Texas, que nem jogou tão bem, abriu 3-0 na final e ficou a um passo de levantar o caneco pela quarta vez.

Na terceira partida da série, Tony Parker foi bem marcado e terminou com 17 pontos. Tim Duncan sofreu com a defesa de Anderson Varejão e não passou dos 14. Manu Ginóbili errou os sete chutes que tentou e cedeu sua vaga no trio de ferro a Bruce Bowen, que fez 13 pontos e apanhou nove rebotes. Mesmo sem repetir a eficiência dos primeiro jogos, o San Antonio tratou de cumprir a missão e agora pode fechar o confronto na quinta-feira.

Como sempre, o Cleveland defendeu bem, e ainda contou com os rebotes de Gooden e Ilgauskas - boas surpresas. Mas pecou feio no índice de arremessos. Foram 29 de 79, incluindo 3-19 da linha de três.

O calouro Daniel Gibson, que iniciou a partida no lugar do lesionado Larry Hughes, foi a grande decepção da noite, com dois míseros pontos e uma cesta convertida em 10 tentadas. Ele e LeBron, por sinal, dividiram igualmente 10 tiros tortos de longa distância.

James terminou com 25 pontos, oito rebotes e sete assistências, mas cometeu cinco erros e acertou apenas nove de 23 arremessos.

Varejão fez um trabalho perfeito em cima de Duncan no quarto período, mas comprometeu sua atuação ao não devolver uma bola passada por LeBron nos segundos finais (falo mais sobre isso no texto abaixo).

No fim das contas, o craque dos Cavs teve a chance de empatar com um chute de três. Não conseguiu. No início da jogada, ele sofreu falta de Bowen, mas os árbitros fizeram questão de ignorar (pode descer a página, que tem mais sobre esse assunto).

Resumo: o golpe fatal foi dado. Agora só falta desligar os aparelhos.

Defesa brilhante, lambança marcante


Anderson foi um leão ao defender Duncan nesta terça-feira. Contra Ilgauskas ou Gooden, o ala do San Antonio invariavelmente partia para dentro. Contra Varejão, não. Sempre optava pelo passe no perímetro. Se o Cleveland tivesse vencido, o brasileiro teria sido um dos heróis da noite.

Mas o Cleveland perdeu.

E ele teve sua parcela de culpa.

Tudo por causa de uma decisão absolutamente equivocada no ataque. A 24 segundos do fim, o Cleveland perdia por dois pontos. LeBron tentou driblar Bowen, não conseguiu, passou para Anderson e se livrou de Bowen para receber de novo. Em vez de devolver a bola, o brasileiro partiu feito um louco para cima de Duncan, fez um giro até bonito, mas finalizou com uma bandeja sem equilíbrio.

Erro grave.

Nada disso anula o esforço defensivo ao longo dos playoffs, mas deixa claro que ele ainda precisa aprender a tomar decisões. Sem pânico ou julgamentos precipitados. Aos 24 anos, Vareja só tem a evoluir.

Anote aí o nome dos árbitros

Bernie Fryer, Dan Crawford e Bob Delaney. Agora vamos aos erros:

O GRAVE - Três pontos atrás no placar, o Cleveland deu a última bola a LeBron James. Quando tentou o drible para armar o chute de três, o craque sofreu uma falta claríssima de Bowen. O ala do San Antonio tinha intenção de mandar o rival à linha de lances livres, permitindo no máximo dois pontos. Os juízes fingiram que não viram (principalmente Delaney).

O PATÉTICO - No início da partida, LeBron sofreu uma falta flagrante. Deveria bater os dois lances livres e manter a posse de bola. Mas quem arremessou foi Daniel Gibson, como se fosse uma falta técnica (na qual o time pode escolher o cobrador). Só então os árbitros se tocaram, anularam os pontos de Gibson e mandaram LeBron à linha fatal. Constrangedor.

terça-feira, 12 de junho de 2007

Radar dos craques para o jogo 3

Se não for hoje, não vai ser mais. LeBron precisa jogar tudo que sabe e mais um pouco. Vamos, portanto, às previsões:

LEBRON JAMES
35 pontos, 11 rebotes

TIM DUNCAN
19 pontos, 12 rebotes

O efeito Spurs

Por Fábio Balassiano

O New York Times publicou ontem excelente reportagem mostrando a influência do sucesso do San Antonio Spurs na liga. Citou a chegada do Cleveland à final, dirigido por Mike Brown (técnico) à beira da quadra e Danny Ferry (gerente geral) no escritório. O primeiro foi assistente de Gregg Popovich, e o segundo, jogador da franquia.

O Phoenix, precavido por duas eliminações contra o time texano, contratou Steve Kerr, presente nos dois primeiros títulos da franquia Spurs (1999 e 2003). O Seattle trouxe Sam Presti, auxiliar do diretor R.C. Buford, para ser gerente. Para a mesma função, o Portland pegou Kevin Pitchard, ex-scout do San Antonio que já esteve no Brasil procurando por jogadores.

Resta saber se o modelo de sucesso dos Spurs terá o mesmo efeito sem o principal ingrediente do time três (quatro?) vezes campeão: Tim Duncan.

O cobertor curto



Na última caixinha de comentários, o Bigmanrj propôs o desafio: se eu fosse o Mike Brown, o que faria para "segurar Tony Parker e Tim Duncan, além dos tiros no perímetro dos demais jogadores"?

É só isso que ele quer, coisa simples.

A missão é praticamente impossível, então é preciso definir prioridades e arriscar. Eu, no lugar do Brown (e com o salário dele):

1) Daria ao Anderson mais minutos contra o Duncan e tentaria a dobra na marcação sempre que ele recebesse a bola.

2) Daria ao Snow ou ao LeBron mais minutos contra o Parker e tentaria fechar o garrafão para evitar que ele infiltre após bater o marcador.

É claro que, nos dois casos, a estratégia abriria as opções no perímetro. E aí o jeito é torcer pela mira descalibrada de Manu, Finley, Horry, Bowen, Barry. Em resumo, o Cleveland não tem material humano para cobrir todas as armas ofensivas do San Antonio (aliás, nenhum time da NBA tem).

O risco é inevitável.

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Após o 2-0, a vantagem do 2-3-2



Além da eficiência do San Antonio, o Cleveland tem outro inimigo a enfrentar na final: o formato do mando de quadra. O time parte para três jogos em casa e, se quiser ser campeão, convém ganhar todos, como fez o Miami em 2006 após perder os dois primeiros para o Dallas.

No tradicional 2-2-1-1-1 dos playoffs, o Cleveland poderia até perder um dos próximos três, e ainda teria um jogo 6 em casa para empatar a série. No 2-3-2 da final, uma derrotinha que seja nas próximas três partidas significa a necessidade de vencer as duas últimas em San Antonio.

Como este sistema, o time que tem o mando e abre 2-0 em casa fica com a faca e o queijo na mão. No ano passado, o Dallas deixou a faca cair no chão e o Miami abocanhou o queijo. Mas algo me diz que o San Antonio não vai dar o mesmo mole. No pior dos cenários, perdendo os três em Ohio, o time ainda teria o conforto de decidir com dois no Texas.

JOGO 2 - Receita para deixar um francês feliz


Nem Eva Longoria seria tão boazinha.

A final da NBA já está a caminho do jogo 3 e o Cleveland Cavaliers continua fazendo todas as vontades de Tony Parker.

Na noite de domingo, o francês foi ainda mais letal do que na primeira partida e comandou o San Antonio Spurs na vitória por 103-92. Com vantagem de 2-0 na série, o time texano tem meio caminho andado para o título.

Parker deixou as assistências de lado (apenas duas) e liderou as ações no ataque com 30 pontos. Antes do intervalo, fez 16 e ajudou a equipe da casa a dar uma clínica de basquete. Como se não bastasse, encarnou uma espécie de cavalaria-de-um-homem-só no quarto período e jogou água gelada na reação do Cleveland.

Para variar, Tony não esteve sozinho na quadra - os dois outros mosqueteiros também brilharam. Tim Duncan flertou com um triplo-duplo: 23 pontos, nove rebotes e oito assistências (ok, nenhum toco desta vez). E Manu Ginóbili completou o serviço com 25 pontos, seis rebotes e 100% nos lances livres (11-11).

O mesmo banco de onde veio Ginóbili também fez despertar um Robert Horry furioso na defesa. Em busca do sétimo anel, o veterano colaborou com nove rebotes, quatro tocos e quatro assistências.

LeBron James começou o jogo mostrando uma boa dose de agressividade, mas acabou exagerando e logo cometeu duas faltas. O azar do craque desmontou o esquema de Mike Brown, que se viu obrigado a lançar Daniel Gibson antes da hora para formar um trio baixo com Hughes e Pavlovic.

Bem postado, o San Antonio abriu 11 pontos no primeiro período e terminou o segundo vencendo por 25.

A cada risco de relaxamento, Gregg Popovich pedia um tempo e consertava as coisas. Até que, sem Parker em quadra, viu seu time quase entregar os pontos no último quarto. Os Cavs cortaram a diferença, mas não chegaram a ameaçar de fato. Tony voltou e colocou ordem na casa.

LeBron apresentou números bem mais decentes que os do jogo inaugural: 25 pontos, sete rebotes e seis assistências. O aproveitamento de arremessos, contudo, continua abaixo do ideal (9-21), e a meia dúzia de desperdícios custou caro no fim das contas.

Gibson voltou a produzir bem, com 15 pontos, mas não teve a mesma energia defensiva. O titular Larry Hughes saiu zerado em 20 minutos. Anderson Varejão fez oito pontos e foi o maior reboteiro da noite, com 10.

A final migra para Ohio na terça-feira, com três duelos seguidos (ou dois, pelo menos) na Quicken Loans Arena. Faça suas apostas.

Reação animadora, futuro difícil

Pelo menos o Cleveland evitou a tragédia de perder de 40 ou 50 pontos. A reação no quarto período é um alento, mas o desafio do técnico Mike Brown é imenso. Marcar o trio Parker, Duncan e Ginóbili é uma missão praticamente impossível. Daqui a pouco eu volto com a crônica do jogo 2.

domingo, 10 de junho de 2007

Massacre no primeiro tempo

As duas faltas de LeBron James logo no início da partida desmantelaram o Cleveland Cavaliers. Mike Brown foi obrigado a colocar Daniel Gibson ao lado de Larry Hughes e Sasha Pavlovic e o bolo desandou. Organizado na defesa e no ataque, o San Antonio aproveitou para abrir 11 pontos de vantagem. Quando LeBron voltou, o estrago estava feito. Resultado: 58-33 no intervalo, jogo praticamente definido.

Radar dos craques

No último jogo, quase acertei os números de Tim Duncan e errei feio os de LeBron James. Vamos ao palpitão de novo, desta vez influenciado pela bola de cristal do Roby Porto, aqui ao meu lado:

TIM DUNCAN
32 pontos, 12 rebotes

LEBRON JAMES
27 pontos, 8 assistências

Cabelos ao vento



Praticamente todos os sites americanos mencionam o fato de a final reunir os dois maiores cavadores de falta da NBA: Manu Ginóbili e Anderson Varejão. Os argumentos, claro, andam em círculos: enquanto os rivais reclamam do teatro, a dupla diz que só faz o que é melhor para o time.

Até que Scot Pollard - muy amigo - descobriu o verdadeiro motivo da eficiência do brasileiro na arte de convencer os árbitros:

- É o cabelo. Definitivamente. Se aquele cabelo não balançasse tanto, ele não pareceria tão rápido ao correr pela quadra, e não daria a entender que está sendo chicoteado quando recebe uma falta de ataque - explicou o pivô reserva do Cleveland na entrevista coletiva de ontem.

Com um histórico pra lá de bizarro, Pollard deveria ser proibido de fazer qualquer comentário sobre assuntos capilares.

Mais Boobie

Só para registrar: Daniel Gibson foi o primeiro calouro a liderar seu time em pontos num jogo de final desde Richard Dumas em 1993.

Continuo pedindo que Mike Brown dê mais tempo de quadra ao garoto, mas agora já vejo a situação por outro ângulo. Na imprensa americana, há uma forte campanha para que ele seja titular. A badalação é grande.

Só esqueceram que, do outro lado da quadra, está Gregg Popovich.

Torço por Boobie, mas temo que ele mal toque na bola neste domingo.

sábado, 9 de junho de 2007

Três pontos

(1) Nos últimos oito jogos do Cleveland, LeBron James tem média de 2.3 pontos no terceiro período. O aproveitamento de arremessos é de 25%.

(2) Bruce Bowen saiu na frente de LeBron, não apenas no jogo 1, mas também na maternidade. Às 9h19 deste sábado, nasceu Ozmel, segundo filho do ala do San Antonio. A namorada de James continua grávida, com previsão de dar à luz no dia 17, data da possível quinta partida da série.

(3) Torcedores dos Cavs estão furiosos com a rede americana ABC. Alegam que a cobertura do jogo 1 na quinta-feira foi uma "festa pró-Spurs".

Como deter Tony Parker?


Por Fábio Balassiano

Se Tim Duncan é a pedra fundamental do esquema do San Antonio, Tony Parker é o motor. Rápido, inteligente e sem cometer tantos erros como em suas três primeiras temporadas, o francês dita o ritmo do time, controla a velocidade da partida e, o mais lindo, infiltra no garrafão adversário com uma naturalidade incrível.

Colocar, como sugeriu o Rodrigo aqui embaixo, o ótimo defensor Eric Snow em doses mais generosas em quadra é uma das saídas. A outra é fazer exatamente como os Spurs fizeram contra LeBron: marcação mais "mole" nas extremidades do garrafão e o famoso colapso (quatro ou cinco jogadores juntos) na linha de lance-livre quando James partia para a infiltração. Por quê? Justamente para exigir do francês chutes de média e longa distância. No jogo 1, os arremessos de fora estavam descalibrados (1-7). Não é simples, nem fácil, mas é uma forma de retirá-lo de sua "zona de conforto", exigindo acertos da parte mais vulnerável de seu jogo.

Uma vez, conversando a respeito da marcação em Jason Kidd com Marcel de Souza, falei: "Poxa, mas não deve ser tão complicado marcá-lo. É só não deixar a bola cair em suas mãos no começo dos contra-ataques". No que ele riu e soltou: "Fábio, uma vez fomos jogar contra o Aleksandar Đorđević e o nosso técnico disse o mesmo que você sugere aí. Quando olhamos o placar, já estava 20-2 pro Real Madrid. Não é tão simples assim, acredite...". Acredito que deter Parker não é mole, mas o Cleveland precisa encontrar urgentemente alguma forma de reduzir a sua efetividade.

Pode parecer estranho, mas deu certo


Gustavo de Oliveira, o nosso Texano, manda esta foto que ilustra a marcação do San Antonio em cima de LeBron James, com direito a pose curiosa de Manu Ginóbili. Por mais estranho que pareça, funcionou.

Boobie no banco, e estamos conversados



Se você tinha alguma esperança de ver Daniel Gibson no quinteto titular do Cleveland para o jogo 2, pode esquecer. O técnico Mike Brown promete um time diferente no domingo, mas só no conceito, não na escalação.

"Foi só uma partida. Vamos dar uma olhada nas fitas para fazer alguns ajustes, mas não uma mudança no time titular".

Ok, Mike. A gente até aceita.

Mas pelo menos dê mais tempo de quadra ao garoto. Na quinta, ele jogou 27 minutos e acertou sete de nove arremessos (2-3 de longa distância). Terminou com 16 pontos, quatro assistências e quatro roubadas.

Se Brown não der uma atenção especial a Boobie, vai acabar permitindo que o rival Popovich dê um jeito de anular o moleque. Não tenham dúvidas que o nome de Gibson, a esta altura, está no caderninho do San Antonio.

Nem o carisma de LeBron salva

A audiência do jogo de quinta-feira na televisão americana foi a pior de todos os tempos para uma abertura de final da NBA. A marca de 6.3 pontos (7 milhões de domicílios) representa uma queda de 19% em relação a Miami x Dallas no ano passado. Que coisa, hein.

"Definitely", com certeza

Se você acha que os nossos jogadores de futebol repetem à exaustão expressões do tipo "com certeza", dê uma olhada nisso. Um leitor do blog True Hoop fez um levantamento e concluiu que LeBron James usa a versão em inglês ("definitely") quase como vírgula nas declarações.

Olha aí a coletânea:

You DEFINITELY give a lot of credit to the Spurs. They DEFINITELY played well tonight defensively, offensively. Some of it was me missing a lot of the shots that I usually make and some of it was the defense that they put on me and on our team in general. It's like a half and half thing. ... It was DEFINITELY crowded. They did a great job of shrinking the floor. If I went by one guy, another guy stepped up, something I'm going to have to make an adjustment for for Game 2. I'll DEFINITELY be ready to counter some of the things they did defensively. ... I didn't play extremely well, DEFINITELY. Not just shooting the ball, but the six turnovers was uncharacteristic of me in the postseason, tried to force a lot of passes in there that looked open at times but really wasn't. ... We did a better job last year in Game 5 and Game 6 of playing great basketball in the third quarter, but once again it caught up with us again. We don't know what it is but we did a great job of figuring it out. We're going to do it pretty soon. We DEFINITELY want to get a win on this floor before we go back home. ... It's not like I've never seen a double-team or triple-team before, I just have to play better, and I DEFINITELY have a better effort on Sunday. ... That's DEFINITELY a fair assessment and I have to do a better job of trying to recognize that, trying to attack north and south instead of east and west. ... We were DEFINITELY a much better team going into Detroit last year. We won the game just because we have more playoff experience. Last year was based on us making the playoffs; this year is based on us getting to the championships, and we have to approach it with the same mentality that we had. ... He DEFINITELY gave us a lift throughout the whole game of attacking and getting to the rim. You know, a lot of guys don't understand that Daniel is much better than shooting an outside shot, which I told you guys after Game 3. ... I've DEFINITELY stepped up with my free-throw percentage and it was something I had to get over with. ... This is DEFINITELY not an individual performance on my part, but without those other 14 guys, we would be down 3-2 instead of up 3-2. ... They're DEFINITELY a great defensive team, but at times I wanted to attack as much as possible and that's it. ... This is DEFINITELY a big win, one of the biggest wins in Cavaliers' franchise history, for me and my teammates, it's DEFINITELY the biggest win. But we have a goal, we can't dwell on this tonight when we have another game on Saturday. We have got to do our best to try to win that ballgame and get where we wanted to be all year. ... I just wanted to try to be aggressive and not allow them to make too much of a run, and give ourselves an opportunity to win down at the end of regulation. And it took two overtimes to do it, but as a team we DEFINITELY -- this is a gutted-out victory. ... We want to give Detroit a lot of credit because they DEFINITELY brought out the best in us, but we just believed and guides stepped up, no matter if it was the one guy all the way down to the 15th man on the roster, we believed. ... DEFINITELY, I ran to Z because when I was first drafted, Z was the first guy I seen.

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Ainda não entendeu o jogo 1?

Seus problemas acabaram! De todas as análises que eu vi até agora sobre a partida, esta me parece, de longe, a mais esclarecedora. Gostei muito dos argumentos, principalmente nas únicas palavras que consegui entender: "Creverando Cavariers", "Popovich", "Prayoffe" e "Sayonara".

Pílulas de beleza

Só para vocês não me acusarem de ranzinza, aí vão dois belos momentos do encardido duelo de ontem. Veja que nem tudo foi nuvem cinza.



Ginóbili dribla por baixo das pernas de Gibson




Parker encontra Elson para a cravada

A coragem, as cavadas e o aniversariante


Por Fábio Balassiano

Se a atuação de LeBron James merece poucos aplausos, a de Anderson Varejão, não. Primeiro brazuca a disputar a final da liga, o ala-pivô não teve receios, marcou Duncan com valentia e trouxe, como sempre, a energia necessária à equipe. A se lamentar, apenas, a veia cada vez mais aflorada na arte de cavar faltas. Ontem os árbitros foram reticentes, a torcida o vaiou e Robert Horry (outro bom artista nesta área) o ironizou no fim do jogo com palavras pouco elogiosas.

A se lamentar, ainda, que o basquete nacional não se aproveite do furacão Varejão para capitalizar com fãs e praticantes da modalidade. Grego comemorou aniversário ontem, e o pior é o seguinte: cada vela que ele assopra, é um ano a menos de evolução do esporte no país.

Três pontos

(1) Somados, Duncan, Parker e Ginóbili fizeram 27 cestas no jogo 1. LeBron, Hughes e Ilgauskas, juntos, ficaram em meia dúzia.

(2) E se, em vez de Gooden, fosse um jogador do San Antonio fazendo aquela falta flagrante em cima do Manu? Quais seriam os comentários?

(3) Jamais achei que um dia eu fosse pedir isso, mas o Cleveland precisa de Eric Snow por mais tempo do que os 14 segundos em que ele esteve em quadra. Pode ser útil para frear um pouco o ímpeto de Parker.

JOGO 1 - Lebron James ficou fora do roteiro

A noite de quinta-feira parecia seguir à risca o roteiro de um duelo entre San Antonio Spurs e Cleveland Cavaliers. As duas defesas foram bem, Duncan dominou o garrafão, Parker usou bem a velocidade, o elenco de apoio do Cleveland falhou. Tudo mais ou menos dentro do esperado, a não ser por um ponto simples e decisivo:

LeBron James.

Na abertura da grande decisão, o astro dos Cavs foi o único vagão fora dos trilhos. Esperava-se dele uma atuação ao menos razoável. Bem, esperou-se em vão.

Após errar seus primeiros oito arremessos, LeBron terminou com 14 pontos, sete rebotes e quatro assistências. Não se engane com os números: ele foi, de fato, o vilão da partida inaugural. Em resumo, não era exatamente o que se previa para a tão aguardada estréia em finais.

Bruce Bowen fez seu trabalho na marcação, mas não agiu sozinho. Sempre que necessário, o San Antonio mandou um ou dois corpos para ajudar nos bloqueios. Foi algo muito mais próximo das Jordan Rules do que o tal ferrolho prometido - e não cumprido - pelo Detroit Pistons.

Diante do San Antonio, James realmente entrou em apuros.



E nem adiantava fazer os passes. Das duas, uma: ou não havia ninguém livre ao alcance, ou esse alguém recebia a bola e errava o chute.

Daniel Gibson, é verdade, voltou a ser um sopro de esperança para o Cleveland. O menino precisa ficar mais de 30 minutos em quadra, é fato. Pavlovic, Gooden e Varejão foram mais agressivos do que o normal, mas ainda era pouco. Ilgauskas e Hughes trataram de afundar o barco.

O fato é que Duncan deu uma lição em LeBron no jogo 1. O ala-pivô deixou a quadra com 24 pontos, 13 rebotes, cinco tocos e duas roubadas, números fundamentais na vitória por 85-76. Parker cuidou do resto, com 27 pontos, sete assistências e várias flechadas mortais pelo garrafão.

No primeiro tempo, praticamente só houve defesa. Para quem gosta de ver ataque, certamente foi uma tortura. Ao menos, os Cavs conseguiram se segurar. No terceiro período, o ataque do San Antonio enfim funcionou e o bolo dos visitantes desandou. A reação no fim, com direito a um respiro animador de LeBron, deu um susto na torcida. Só um susto.

A partida não chegou a empolgar quem assistiu, mas já ditou o provável tom da série: placares baixos, muita marcação, e vantagem para quem conseguir furar o bloqueio defensivo do adversário.

Por enquanto, Spurs 1-0.

Duncan por pouco, LeBron por muito

Tim Duncan ficou me devendo dois pontos. No radar lá embaixo, acertei os 13 rebotes, mas botei 26 pontos. Se o Popovich deixa o homem na quadra mais 30 segundos, dava para cravar. Em compensação, errei feio sobre a atuação do LeBron: 14 pontos, sete rebotes, quatro assistências, quatro arremessos certos em 16 tentados. O rapaz sofreu com a defesa rival.

Enfim, um pouco de ataque

Não chega a ser um carrossel, mas o San Antonio conseguiu injetar no jogo algo que não tínhamos visto no primeiro tempo: ataque. O desenho ofensivo do time da casa melhorou, os arremessos saíram de lugares mais apropriados, as bolas começaram a cair. Na virada para o último quarto, a tendência se manteve e o San Antonio abriu mais e mais vantagem. Noite difícil para o Cleveland. Depois do intervalo, nada deu certo.

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Hora de reverenciar o passado

George Gervin, David Robinson, Clyde Drexler, Sean Elliott, Elgin Baylor... todos homenageados pelo San Antonio Spurs no jogo 1. E pensar que aqui nossos ídolos ficam relegados ao limbo.

Segundo quarto: Defesa, defesa, defesa...

Para quem gosta de defesa, o segundo quarto foi uma festa. Para quem gosta de ataque, foi uma tortura. O Cleveland melhorou a marcação, equilibrou o placar, mas depois caiu de nível e permitiu que o San Antonio retomasse o controle. O mérito dos Cavs foi não deixar o time da casa abrir vantagem. Jogo inteiramente aberto para a volta do intervalo.

Primeiro quarto: Raquetadas de Duncan

Foi-se o primeiro quarto e o San Antonio limitou o Cleveland a 15 pontos. A defesa teve seu ponto alto Tim Duncan, com quatro rebotes e três tocos. O mérito do time da casa foi proteger seu aro como se fosse um prato de comida. Com as portas fechadas, LeBron ficou tímido. Mas o Cleveland, ao menos, cumpriu a missão de não deixar o placar ir embora. Por enquanto, tudo sob controle para os dois lados.

Festa em 3D e uma pitada de futurologia



Pela freqüência dos comentários, dá para ver que é grande a expectativa pelo o jogo 1. Aliás, é tão grande que já chegou ao jogo 2. A diretoria do Cleveland Cavaliers anunciou que vai oferecer, neste domingo, uma transmissão grátis em 3D para os fãs. Quem quiser conferir a partida no telão da Quicken Loans Arena, em Ohio, vai receber óculos especiais para ver LeBron, literalmente, voando em quadra.

Bacana, né? Mas antes da festa tridimensional, temos um compromisso nesta noite, certo? Será que James vai partir para cima? Ou vai bancar o garçom no primeiro tempo, como fez em parte da final do Leste? Será que o San Antonio vai forçar o jogo com Tim Duncan no início? Ou apostará nas infiltrações de Parker para desmontar a defesa adversária?

Perguntas como essas só podem ser respondidas antes do jogo 1 com a ajuda de uma bola de cristal, dos búzios ou do tarô. Está inaugurado, portanto, o RADAR DOS CRAQUES. Pode chutar, que o gol está aberto:

LEBRON JAMES
29 pontos, 8 assistências.

TIM DUNCAN
26 pontos, 13 rebotes.


Hã? Quem sai vitorioso? Ah, aí já é demais. Essa eu deixo para você.

Câmera Rebote: Será o bonito contra o feio?



Aperte o PLAY, assista e dê sua opinião na caixinha.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Para abrir os trabalhos, vamos ao palpitão!



Salve, amigos. Sejam bem-vindos ao blog da final. Este será o endereço do Rebote até que alguém levante o caneco de 2007. O formato permite uma atualização mais constante, então fique atento: além de boas doses de opinião, vamos ficar ligados, ao longo de todo o dia, nas notícias e nos bastidores da grande decisão. Nem preciso dizer que, sem o seu pitaco, nada disso faz sentido. Então corra logo para a caixa de comentários.

Para começo de conversa, sem mais delongas, vamos aos palpitões:

RODRIGO ALVES - Spurs 4-2
Mesmo com a forte marcação de Bowen, LeBron vai entrar mordido na série. Espero que ele nos brinde com pelo menos dois ou três recitais de alto nível. Pena que o resto do elenco seja tão instável. O San Antonio tem em Duncan um sujeito tão decisivo quanto LeBron, e a turma do apoio raramente decepciona. O time texano parece mais preparado para encarar a defesa dos Cavs e evitar uma queda de rendimento como a do Detroit.

FÁBIO BALASSIANO - Spurs 4-2
LeBron é fenomenal e terá menos dificuldades contra Bowen devido a seu potencial físico. Entretanto, é a única arma confiável dos Cavs, que contrataram Marshall, Hughes, Sasha e Jones - e agora se viram com o calouro Gibson. Com muito mais experiência em finais, o cracaço Duncan colocará o quarto anel nas mãos; Horry, o sétimo; e Popovich mostrará ao aluno Mike Brown com quantos talentos se faz um time campeão.

GUSTAVO DE OLIVEIRA - Cavs 4-2
O rei tomou o ginásio do Palace na força (o que eu, admito, não esperava) e reina absoluto no Leste. Agora a missão é tomar o Álamo para unificar o território nacional. Então que siga o conto de fadas! É só antecipar o último anel que falta para o Parker (a aliança de casamento), convencer Manu de que o último título que lhe falta é o Pan-Americano, e levar um tubarão para San Antonio - a única coisa de que Tim Duncan tem medo.

Concorda? Discorda? Diga aí!